Minha segunda leitura desse ano foi... A casa de chá. Comprei esse livro durante um passeio em São Paulo porque eu não tinha muito o que fazer à noite. Acabou que eu só fui começar a ler o livro quando cheguei na casa da minha mãe!
Quando bati os meus olhos neste livro pela primeira vez, achei que ele fosse parecido com Memórias de uma Gueixa: Japão, tradições milenares, mesma cidade numa época mais ou menos parecida... mas não foi bem assim.
Pode até ser que o desenrolar do enredo seja bastante semelhante ao encontrado no Memórias de uma Gueixa: uma narração bastante linear, sem muitos ápices e bastante descritiva por tratarem-se de memórias. A história é completamente diferente.
Aurelie, uma menina francesa, residia nos Estados Unidos com sua mãe e seu tio, que era padre. Ao receber a informação de que iria trabalhar na catequese no oriente, tio Charles que irão se mudar. A sua mãe, que estava enferma, diz que irá no próximo navio e morre logo após a saída deles. Ao chegar no Japão, Aurelie é molestada pelo seu tio e na primeira grande oportunidade, foge para uma linda casa banhada pela lua. Se deparou com a família Shin, uma tradicional família no ramo do chá. Torna-se então a criada de Yukako, filha do mestre.
O livro conta a história da Aurelie e sua convivencia com a família. Apresenta várias curiosidades sobre o ritual do chá e é uma ótima fonte de pesquisa sobre o comecinho da ocidentalização do oriente. Mas, devo dizer que não o recomendo a ninguém que seja mente fechada ou homofóbico, pois rolam algumas cenas picantes entre mulheres ao longo do livro. É um ótimo livro para mulheres que gostam de ser independentes.